Perdi as contas dos rosários, das missas, das idas pela rua a procura de Deus. Perdi as contas de tudo que aprendi e o que tive que suportar.
O velho ser vive tentando.
Deus permitiu tanta provação e após meu blogue, mais provações, ainda.
Quem sou eu? Nada. Eu sou um nada que tem a brilhante sorte de ser uma vencedora no mundo espiritual da dor. Eu colhi, plantei, fiz meu trabalho que foi à guerra, incrivelmente após a outra guerra da sobrevivência. Talvez fosse para ser. Um dia me vi diante de um tribunal humano e no arco de olhos voltados para minha nada existência, percebi a força de Deus naquele lugar.
A vida é conto colhido, mas às vezes temos que semear.
Aprendi defesas, combates, pensar rápido, refletir e combinar os sinais, aprendi o que jamais poderia imaginar na vida. Sou uma menina pensante.
Sim, acredito que sou triunfante.
Meu pensamento é florido e minha sorte tem dor.
Eu vivo perdendo na vida, mas meus ganhos são superiores ao vazio.
E embora, perdida, como florbela, muitas vezes, mas cheia de pecados da carne, ainda ouso rezar numa tentativa de ser humana e esquecer a espiritualidade.
A Deus, uma canção com perdões desmedidos, sinceros. No fundo, não sou de toda ruim.
Se um dia negar minha entrada no céu, vou bater na sua porta até entrar.